sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mendel - quem foi?










A Gregor Mendel (1822-1884) é atribuído, com mérito, o nome: pai da genética. Realizou trabalhos com animais e algumas plantas, entre as quais a ervilheira (Pisum sativum), no mosteiro de Brunn, na Áustria.

Nos jardins do convento, Mendel iniciou, em 1856, as experiências sobre hibridação de ervilhas-de-cheiro,  durante dez anos. Elas permitiram-lhe estabelecer as leis que regem a hereditariedade.

Mendel criou um sistema para contagem de híbridos resultantes do cruzamento das plantas e, tomando por base a altura dos vegetais e a cor das sementes e das flores, formulou leis relativas à hereditariedade dos caracteres dominantes e recessivos.

Essas leis, que colocam em evidência a descontinuidade do património hereditário, credenciam Mendel como fundador da genética. Foram confirmadas muitos anos depois, por diversos cientistas, e constituem a base da teoria cromossómica da hereditariedade.

Mendel publicou o resultado dos seus trabalhos em: "Experiências sobre híbridos das plantas" (1865), e "Alguns híbridos do Hieracium obtidos por fecundação artificial" (1869). Estes trabalhos foram apresentados à Sociedade de Ciências Naturais de Brno, mas, na altura, não receberam nenhuma atenção.




Esquecimento de uma obra prima!

A indiferença dos contemporâneos de Mendel é explicada, em parte, pelo carácter insólito do pensamento desse padre, que poderia parecer pouco biológico na época. Desencorajado, ele cessou a sua actividade científica quando foi nomeado reitor do convento.

Os seus trabalhos ficaram esquecidos durante muito tempo. Nem mesmo Darwin tomou conhecimento das leis de Mendel. Em 1900, contudo, os botânicos Erich Tschermak (austríaco), Hugo De Vries (holandês) e Carl Correns (alemão) chegaram a resultados semelhantes, trabalhando independentemente, mas tendo como ponto de partida ou de chegada as conclusões de Mendel.

Tschermak descobriu as leis de Mendel ao estudar os híbridos dos cereais. Quanto a De Vries, propôs uma teoria sobre o crescimento e a evolução das plantas, desenterrando, então, as leis do padre agostiniano. Correns, por sua vez, descobriu os genes alelos depois de haver estudado Mendel.

A partir daí, a obra de Johann Mendel influenciou profundamente a fisiologia, a bioquímica, a medicina, a agricultura e as ciências sociais. Para o biólogo e escritor francês Jean Rostand, as ideias de Mendel representam "uma obra-prima da experimentação e da lógica".

 


(Retirado de: Enciclopédia Mirador Internacional)

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